REELEIÇÃO DO PRESIDENTE OBAMA: O QUE SIGNIFICA?

Segue as impressões de Robert Kyosaki, autor de Pai rico pai pobre, sobre o resultado das eleções nos USA. Ainda que algumas de suas abordagens, principalmente sobre dívidas, seja preciso analisar um pouco mais a fundo o contexto para facilitar o entendimento, muitos dos pontos mostrados aqui podem ser facilmente igualmente identificados no Brasil, talvez até de forma mais explícita e grave.

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Em outras palavras, é o Federal Reserve, Goldman Sachs, e os fundos de hedge que fazem as regras, e é por isto que os ricos ficaram mais ricos e a America mais pobre. Se você tem seguido minhas publicações no blog The conspiracy of the rich, você saberá que eu prefiro operar sob as regras dos ricos do que sob as regras dos pobres ou classe média. Esta é a razão pela qual não tenho um emprego, não trabalho por dinheiro, adquiro boas dívidas em vez de apenas me livrar delas, e não guardo dinheiro no banco ou tenho plano de previdência privada cheio de ações, CDB’s ou fundos de investimento. Estas são coisas que os ricos querem que os pobres e a classe média façam, por conta disto que não há uma verdadeira educação financeira em nossas escolas.

Ainda que eu tente ao máximo ser politicamente neutro, senti uma sensação de tristeza após o presidente Obama ter sido re-eleito. Não tem nada a ver com ele pessoalmente, acredito que esteja fazendo o que acredita ser melhor para o seu país. Minha tristeza foi mais pelos USA, que já foi um grande país. Segue abaixo algumas das minhas preocupações:

  1. Quando 50% da população paga pouco ou nada de impostos e exige aumentar os impostos daqueles que pagam, algo está apodrecendo no centro da nossa nação.

A história se repete. Quando o império romano atingiu 50% de sua população sem pagar impostos e exigiu a outra metade pagar ainda mais, o império caiu. Altos impostos causaram os trabalhadores a simplesmente pararem de trabalhar, receber os benefícios do governo, e assitir as lutas de gladiadores no coliseus gigantes. Hoje, temos gigantes coliseus onde milhões assitem a jogos de futebol, enquanto nossos líderes roubam nossa riqueza. Hoje, muitos americanos sabem mais sobre futebol do que sobre dinheiro.

  1. Nesta eleição os republicanos foram patéticos. Obama não venceu a eleição, os republicanos perderam. Estes estão sem conexão. Ao invés de focar em melhorar a economia e criar empregos, mostraram ódio contra as minorias, especialmente os hispânicos. O voto dos latinos destruíram Romney, um bom homem com habilidades competentes nos negócios.

Novamente a história se repete. Durante tempos de dificuldade econômica a população busca um grupo étnico para discriminar. Quando a Alemanha entrou em depressão após a primeira guerra mundial, eles assassinaram milhões de judeus e outros minoritários, como se isto absorveria sua dificuldade. Hoje não são os judeus mas sim os latinos.

Os republicanos também falaram as mulheres como se fossem propriedade dos homens brancos ricos, dizendo o que fazer com seus corpos e impondo um dogma quase religioso nelas. O voto das mulheres foi para o Obama.

Para resumir, os republicanos deram ao capitalismo um mau nome. Dr. Frank I Luntz diz em seu livro What Americans Really Want… Really:

“Os capitalistas amedrontam as pessoas e capitalismo é abreviação de CEO recebendo milhões de dolares no mesmo dia que sua caneta acaba com 10.000 empregos.”

No mesmo capítulo Dr. Luntz escreve,

“O que eles (americanos) querem na verdade são empreendedores” “Diferente do lema ‘ganância é bom’ de Gordon Gekko e alguns administradores de fundos de hedge, e capitalistas de risco, os empreendedores são vistos pelos americanos como inovadores em negócios e criadores de riqueza”.

Dr. Luntz fez um estudo para a fundação Kaufman e descobriu, “É difícil dizer qual emoção se tornou mais forte, respeito aos empreendedores ou ódio aos CEO’s.”

Em outras palavras, acredito que os americanos não votaram para o presidente Obama, mas sim contra os CEO’s gananciosos e falsos capitalistas.

Em meu próximo livro, Porque os estudantes A trabalham para os estudantes C, afirmo que a maioria dos CEO’s não são capitalistas. Eles são “capitalistas gerenciais” e “clones de corporações”. São graduados nas melhores escolas de administração e se tornam empregados bem remunerados, não empreendedores. Ao invés de sonhar em começar seu próprio negócio e empregar pessoas, eles sonham em escalar a escada corporativa, e sobrepor-se aos seus colegas até alcançar o topo.

Existe uma grande diferença entre uma pessoa corporativa como Jack Welch, CEO da General Eletric, e um empreendedor como Thomas Edison, que nunca terminou seus estudos, porém fundou a General Eletric. Dr. Luntz diz: “Então, como equipar uma geração de americanos para o sucesso no empreendedorismo? Esqueça MBA’s. A maioria das escolas de administração ensinam a ter sucesso em uma grande corporação e não em como começar sua própria empresa”.

Então, o que o Dr. Luntz descobriu que os americanos querem?

  • 80 porcento querem ser empreendedores
  • 14 porcento querem ser o CEO de uma empresa listada na revista Fortune 500
  • 6 porcento não souberam responder

O livro do Dr. Luntz foi publicado em 2009, refletindo uma mudança significativa no sentimento dos americanos.

  1. Ambos, Obama e Romney foram patéticos nos assuntos realmente importantes I want your moneycomo os empregos.

Durante seus debates ambos concordaram em uma coisa: sua insistência em que se as pessoas voltasse a estudar resolveria os problemas. Eles não percebem que as escolas de massa produzem empregados? Por este motivo os pais falam repetidamente, “vá a escola e consiga um emprego”. Empregados não produzem empregos, eles os necessitam. Em outras palavras, não apenas nossos partidos políticos estão acabando com o público americano, nossas escolas também.

Os candidatos não se deram conta que o problema é a globalização? Como podemos competir quando pagamos a um trabalhador da indústria automotiva U$200 por hora (salário e benefícios) e o mesmo cargo em outros países é pago U$2,00? Este país precisa de mais empreendedores, não mais empregados. E definitivamente não precisamos de mais burocratas. Se produzirmos mais empreendedores, haverá maior necessidade de empregados. Os empreendedores – e não grandes negócios, sindicatos, ou governo – criam empregos.

Quando os burocratas do governo aumentas os impostos e impõem mais regulamentações, torna mais difícil para os pequenos negócios sobreviverem. Já é difícil o suficiente iniciar um negócio, nos USA são iniciados aproximadamente 600.000 negócios a cada ano, e aproximadamente 540.000 (90%) irão falir em 5 anos. Ao invés de facilitar a vida para os empreendedores, nossos lideres estão deixando cada vez mais difícil.

Com o programa de saúde Obamacare impondo sua voracidade nos negócios com mais de 50 empregados, isto significa que a maioria dos pequenos negócios irão sem manter pequenos, e não crescerão para contratar mais empregados.

Por isso fiquei triste na manhã seguinte a eleição, eu estava de luto por nosso Estados Unidos da America, uma vez tão grande e próspero.

Fonte: http://www.conspiracyoftherich.com/

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